CAPULANA - ORIGEM DO NOME
A primeira vez que vi uma capulana foi pelas mãos do Valdo. Ele trouxe não só o tecido, mas todo um mundo com ele.
Um mundo feito de cor, ritmo, histórias de família e raízes profundas em Moçambique.
Qual a origem da palavra "Capulana"?
A palavra capulana tem uma origem rica, nascida da mistura de culturas e caminhos que se cruzaram ao longo dos séculos. Acredita-se que o termo tenha surgido no século XIX, quando comerciantes árabes e indianos chegaram à costa moçambicana trazendo tecidos vibrantes e estampados. Esses tecidos, vindos da Índia, rapidamente conquistaram as comunidades locais, tanto pelas cores únicas como pelo preço e utilidade.
A forma original, kapulana (com “k”), vem das línguas bantu faladas no norte e centro de Moçambique. Mais tarde, o termo foi adaptado para capulana, com “c”, através da influência do português durante o período colonial. Hoje, o nome carrega não só uma história linguística, mas também cultural, social e emocional.
Mais do que um tecido - é identidade
A capulana não é apenas uma tecido. É uma linguagem.
É usada como saia, como pano de cabeça, para transportar bebés, para oferecer em cerimónias, e até para marcar fases da vida como o luto ou o casamento. Cada padrão tem o seu próprio significado (pode conhecer os significados aqui). E mesmo quando não conhecemos o seu significado, conseguimos sentir a energia que nos transmite.
Foi o Valdo que me ensinou a ver isso.
A escutar o tecido.
A entender como um simples tecido pode conter tantas camadas de memória, respeito e beleza.
Da tradição à vida contemporânea
Hoje, a capulana continua a evoluir. Encontramo-la em acessórios, vestuário, decoração, objetos de arte, entre outros.
Na Mwani Store, fazemos esse percurso entre o tradicional e o contemporâneo todos os dias. Respeitamos a origem da capulana, mas damos-lhe novas formas que se encaixam na vida atual, com leveza e autenticidade e claro, com a nossa interpretação.
Para mim, criar com capulana é também uma forma de continuar a descobrir Moçambique, um país que não me viu nascer, mas que me acolheu de forma tão natural e verdadeira.
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